O assunto já não é novo. A emergência repete-se!
1-
A CP vai vender como sucata materiais únicos, recordações imperdíveis.
Tomámos conhecimento que a CP EPE, pretende vender como
sucata, materiais únicos existentes no Barreiro e no País, desbaratando desta
forma bens e equipamentos fundamentais para a conservação da memória de um Povo
e do País. O Barreiro, como pólo ferroviário pode perder, total e
definitivamente, uma boa parte da sua memória.
Porque
não tem o Barreiro um Núcleo Museológico Ferroviário para guardar as suas
memórias?
Consideramos ser da maior importância a preservação de, pelo
menos, algum do material circulante e outros equipamentos técnicos que, em
nosso entender, devem ser mantidos no Barreiro até que seja possível
concretizar a realização de um Núcleo Museológico Ferroviário.
Este património faz parte da identidade da cidade do Barreiro
e está na memória das suas gentes. A necessidade da sua preservação como forma
de salvaguardar parte da sua memória e história, deve, na nossa opinião,
orientar-se no sentido de dar continuidade a essa mesma identidade colectiva.
Defendemos que a forma de preservar o património ferroviário
local, passa pela criação de condições que permitam alcançar esse objectivo,
dentro de um contexto de desenvolvimento local e regional, sem esquecer que tal
processo pode assumir importância a nível nacional.
2. “A
memória colectiva como projecto ideológico” (Baptista Bastos)
Sem medo das palavras.
Quem trabalha ou trabalhou nas Oficinas, nas Estações, na Via, nos Comboios,
quer preservar (tem esse direito!) os seus postos de trabalho. E as suas
memórias também!
3. Ao lado de outras linhas estratégicas,
sempre discutíveis, a projecção da nossa Arqueologia Industrial Ferroviária e
Química, é um potencial pilar de desenvolvimento.
O nosso Património
Industrial é único em Portugal e muito significativo na Europa. É necessário e
urgente projectá-lo como Património de Arqueologia Industrial da Humanidade
(UNESCO). Certamente um caminho longo, mas o único que garante a preservação do
que não foi já irremediavelmente destruído!
4. Se estes projectos
avançarem contarão sempre com a nossa colaboração voluntária e dedicada.
Entretanto aguardamos com expectativa a Classificação solicitada ao ex-IGESPAR,
dos principais elementos do Património Ferroviário. Como aguardamos os resultados
do grupo de trabalho criado no âmbito do Ministério da Economia, sobre esta
problemática. A participação cívica é sempre uma mais valia para o diálogo
institucional.
É preciso
parar a venda destes materiais como sucata!
É urgente
criar e organizar o Núcleo Museológico Ferroviário do Barreiro!
É
imprescindível a Classificação do Património mais significativo!
É necessário
projectar o nosso Património Arqueológico Industrial como Património Nacional e/ou
da Humanidade!
A
nossa memória tem futuro!
Barreiro, Maio 2015
Movimento Cívico para Salvaguarda do
Património Ferroviário no Barreiro
Associação Barreiro Património
Memória e Futuro
Associação
das Colectividades do Concelho do Barreiro
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